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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Janela Indiscreta" e lagostas ao molho de champagne



        Janela Indiscreta (Rear Window, 1954) é sem dúvida o mais criativo filme de Alfred Hitchcock. Novamente ele faz utiliza o espaço reduzido mais de uma forma brilhantemente inovadora que nem se percebe. O roteiro foi baseado em conto de Cornell Woolrich, publicado originalmente em 1942 com o título de It had to be murder.









        O filme conta a história de Jeff (James Stewart) um fotógrafo profissional que está confinado em seu apartamento, pois acabou de sofrer um acidente. Isso, quem, como e onde, nos é contado por Hitch com um único movimento de câmera: inicia-se com um pátio, depois vemos o rosto de Jeff suando, passa pela perna engessada, depois por uma mesa em que vemos a máquina fotográfica quebrada e uma pilha de revista e, na parede, fotos de carros de corrida capotando. Pronto já sabemos o que ele faz e como se acidentou. É, mais uma vez, a economia narrativa. 







            Jeff, como todo fotógrafo, é curioso e, imobilizado e entediado, passa a observar, com a ajuda de seus equipamentos, o comportamento de seus vizinhos através de sua janela: uma dançarina, um casal recém-casados, um casal de meia idade, uma mulher solitária, um  pianista. 




          Parece simples se não fosse Hitchcock. Jeff é um voyeur, todo o filme é visto através de seus olhos, é como se ele fosse o espectador, isto é, nós. Temos aí histórias dentro da história. É como se fosse uma casa de bonecas e que podemos ver todos os cômodos. As imagens das janelas, às vezes, parecem quadros do pintor Edward Hopper. Aqui a montagem faz parte da criação posi Hitch  filma a pessoa, o objeto e a reação. É a história da reação de Jeff aos acontecimentos vizinhos. 




Em seu auxílio, o fotógrafo conta com a ajuda da enfermeira/empregada Stella (Thelma Hitter) e da namorada Lisa (Grace Kelly) que chega com seu lindo close e seu famoso beijo em câmera lenta.





        Lisa, além de linda, é uma mulher moderna que trabalha em uma revista de moda. Apaixonada e disposta a ajudar, Lisa, providencia o jantar. 



  


         Como não sabe cozinhar, encomenda, para agradá-lo, um dos pratos mais requintados do restaurante Club 21 de Nova York, lagosta. Ela serve juntamente com o vinho Montrachet. Para a época Lisa é realmente  moderna, não sabe cozinhar e entende de vinhos. 

         No dia seguinte, Stella chega para seus afazeres, e prepara para Jeff, bacon com ovos. Enquanto come, ele afirma: “Stella, está ótimo! Seu marido é um cara de sorte!” . É, Jeff parece valorizar uma mulher que faz a comidinha de seu homem...





        Numa noite, Jeff ouve um grito “Não!” e o som de um vidro se quebrando. Mais tarde é despertado por um trovão e vê um de seus vizinhos, Lars Thorwald (Raymond Burr), um homem de meia idade, deixando seu apartamento. 




        Depois, voltando a observar, não vê mais a sra. Thorwald, mas vê seu marido limpando uma faca e um serrote. O fotógrafo fica obcecado com a teoria que Thorwald matou sua esposa.






        Sem poder fazer nada, ele conta com a ajuda Tom Doyle (Wendell Corey), um amigo que é detetive da polícia de Nova York e de Lisa, que vai até o apartamento do suposto assassino. Só que Thorwald  que descobre que está sendo observado.






        Só que Thorwald  descobre que está sendo observado.




          Janela Indiscreta é o ponto máximo da carreira de Hitchcock. Um suspense, altamente visual e extremamente envolvente.

       O filme recebeu vários prêmios. Concorreu ao Oscar em quatro categorias: melhor fotografia colorida, melhor trilha, melhor roteiro e melhor diretor.  Foi indicado ao melhor filme pelo BAFTA da Inglaterra. Venceu como melhor filme no Prêmio Edgar (Edgar Allan Poe Awards), nos EUA e Grace Kelly venceu como melhor atriz no Nacional Board of Review e no New York film Critics Circle Awards, também nos EUA.
       Em 1997, Janela Indiscreta foi adicionado ao National Film Registry que seleciona filmes que são considerados culturalmente, historicamente e esteticamente importantes. E  no Top 100 Films do American Film Institute ele aparece como 42ª posição no ano de 1997 e na 48ª posição no ranking de 2007.

Lagosta grelhada com molho de champagne



Ingredientes

1 kg caudas de lagosta cortadas ao meio em sentido longitudinal
4 limas da pérsia
sal e pimenta do reino a gosto
3 colheres (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 garrafa de champagne brut ou outro espumante seco de sua escolha

Preparo

Lave as lagostas, tempere com o suco das limas da pérsia, o sal e a pimenta. Deixe marinando por 30 minutos. Em uma frigideira, derreta a manteiga, acrescente o azeite de oliva e grelha as lagostas com a carne virada para baixo. Depois de grelhada, coloque as lagostas em uma assadeira, com a carne virada para cima. Leve ao forno pré-aquecido (180ºC) por uns 20 minutos.
Enquanto isso, na frigideira que as lagostas foram grelhadas, derreta 1 colher (sopa) de manteiga, acrescente a farinha de trigo, mexa bem e acrescente o espumante em uma quantidade suficiente para dissolver a farinha e formar um molho liso. Cozinhe por uns 20 minutos, acrescentando mais espumante se necessário, até obter uma consistência de molho. Sirva as lagostas com o molho.