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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"A tortura do silêncio". Símbolos cristãos e biscoitos de azeite de oliva.



        Alfred Hitchcock era católico e, quando menino, estudou em um colégio jesuíta. A religião, para ele, teve grande influencia e podemos ver isso em alguns de seus filmes. 

          A tortura do silêncio (I confess, 1953) é um filme baseado em uma peça francesa de 1902 chamada Nos Deux Consciences de Paul Antheime. O filme se passe em Quebec, no Canadá e, apesar do contexto católico, não é o mais religioso dos filme de Hitchcock. É a história do Padre Michael Logan (Montgomery Clift). Ele é sacerdote em uma igreja que emprega como zeladores os imigrantes alemães Otto Keller (OE Hasse) e sua esposa Alma (Dolly Hass). Keller, além de trabalhar na sacristia, faz trabalhos de jardinagem para moradores da região.






        Na primeira cena vemos o anoitecer em Quebec, a câmara passa pelas ruas e vemos, através de uma janela aberta, um corpo no chão. Logo em seguida vemos um padre andando na noite.







      Nessa mesma noite,  Keller procura o padre Logan para se confessar. No confessionário, o empregado conta havia feito um serviço ao Sr. Villette, o advogado, como este não queria fazer o pagamento, o matou. 


          O padre, pela lei imposta pela igreja católica, tem que guardar e segredo de confissão. Não bastasse conhecer e ter dentro de sua igreja um criminoso e não poder denunciá-lo, Logan passe a ter sua própria via sacra interior ao ser o suspeito do homicídio, pois Keller era o padre que vimos no início usando a batina como disfarce. 






        Durante um café da manhã, a Sra Keller serve os padres: café, leite, maçã, cereal, pão e biscoitos. Alimentos próprio de uma vida simples dos sacerdotes e cheio de significados cristãos. Nesse momento temos uma cena hitchcockiana clássica, onde os personagens falam uma coisa e fazem outra: enquanto tomam o café servido pela Sra. Keller, a conversa é banal, nada de importante, mas o que vemos é o olhar amedrontado  da mulher que teme que o padre revele o segredo se seu marido. 




        Além de ter que guardar o segredo da confissão, Logan não tem um álibi. No momento do crime, ele estava com sua namorada de antes do seminário, Ruth (Anne Baxter), agora uma mulher casada, que o havia procurado pois queria conselhos pois estava sendo chantageada pelo advogado Villette, que sabia um segredo do tempos que eles estavam juntos.







         Padre Logan vai a julgamento é considerado inocente mas sua reputação como sacerdote esta em ruínas e na saída do tribunal, as pessoas na rua passam, a hostiliza-lo. Alma Keller não suporta ver a injustiça e grita que o verdadeiro criminoso é seu marido que, para silenciá-la, dá-lhe um tiro. 







        Além das lindas paisagens do Quebec, de construções famosas como o Chateau Frontenac, onde acontece a cena final, com uma fotografia primorosa em preto e branco, Hitch criou imagens belíssimas da “culpa”. São planos de cruz e símbolos religiosos marcando a onipresença de Deus.







Biscoitos de azeite de oliva




Ingredientes

400g de farinha de trigo
140g de açúcar
3 ovos
100ml de azeite de oliva
1 gema
1 colher (sopa) de leite
açúcar para polvilhar

Preparo

Misture a farinha,  o açúcar, os ovos e o azeite até que a massa esteja homogênea. Modele os biscoitos com a mão no formato que mais desejar. Coloque-os em uma assadeira untada e polvilhada, pincele sobre eles a mistura de gema e leite, polvilhe açúcar e leve para assar em forno pré-aquecido (180ºC) até que fiquem dourados e assados.




























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