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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Viena, valsas e croissant



        Valsas de Viena (Waltzes from Vienna, 1934) foi feito em um momento, como podemos notar pelos posts anteriores, que a carreira de Alfred Hitchcock estava em baixa. Ele mesmo considera esse filme como um dos piores que já fez. Hoje ele está praticamente esquecido. Ele não consta em algumas listas da cinematografia do autor. No Brasil, é um dos poucos de sua obra que não se acha em DVD.

        O filme é um musical. Mas não um musical em que, de repente, uma personagem começa a cantar (até porque fazia pouco tempo do uso do som e isso não teria um resultado muito bom na época). A música funciona como um pano de fundo  para a narrativa.




        Conta a história do compositor Johann Strauss, sua noiva Rasi e a sua mais famosa composição: Danúbio Azul.




         Essa história ficcional mostra um Strauss jovem, cujo o pai é regente da orquestra de Viena, que sonha em se tornar um grande nome da música. 




       



        Rasi, sua noiva, não liga para isso. Ela quer é mesmo viver ao lado de seu amor e, para isso, quer que ele assuma os negócios da família, uma respeitável confeitaria e padaria de Viena.




        E é nessa padaria que encontramos o humor hitchcockiano: nela Strauss compõe sua famosa melodia observando o ritmo dos funcionários batendo massa e empilhando pães.






        Hitchcock sempre teve a preocupação de adequar as locações com o lugar onde se passa a história. Viena é reconhecida por sua confeitaria e por ser berço de um dos pães mais famosos do mundo, o croisssant. A lenda desse pãozinho de massa folhada conta que, por volta de 1683 o Império Otomano, tentando aumentar as possessões pela Europa, tentou invadir Viena a noite  enquanto todos dormiam, mas foi impedido pelos padeiros que trabalhavam produzindo pães que seriam vendidos logo cedo. Para comemorar esse acontecimento, os padeiros criaram um pão em formato de meia lua, ou lua crescente, o croissant, símbolo que está presente na bandeira turca. Ele foi levado posteriormente para a França, por volta de 1770, por Maria Antonieta que era austríaca de nascimento. 






             Por fim, Strauss consegue tudo o que havia almejado.


        Valsas de Viena pode não ser um grande filme do mestre, mas tudo isso mudaria. Valsas de Viena marcaria o fim dessa fase menor de Alfred Hitchcock.


Croissant





Ingredientes

4g de fermento biológico seco
45ml de água morna
1 colher (chá) de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
2 colher (chá) de açúcar
1 colher (chá) de sal
½ xícara de leite
115g de manteiga sem sal, gelada
1 ovo para pincelar

Preparo

Misture a água morna, o açúcar e o fermento em uma vasilha pequena e deixe descansar uns 5 minutos até ficar espumoso. Reserve.
Amorne o leite e dissolva nele o sal e o restante do açúcar.

Numa tigela, coloque 1 xícara da farinha e junte a mistura de fermento e o leite reservados. Misture até incorporar bem. Junte mais farinha, aos poucos, até que fique difícil de misturar com a colher.

Polvilhe farinha na mesa e despeje a massa. Trabalhe a massa, sovando e polvilhando farinha, até que não grude mais nas mãos. (A quantidade de farinha pode variar um pouco para mais ou para menos). O resultado deve ser uma massa lisa, firme, e elástica.* 

Coloque a massa de volta na tigela untada com um pouco de óleo, e vire a massa para que unte em toda sua volta.Cubra com um plástico e deixe em temperatura ambiente até triplicar de volume.

Polvilhe a mesa com farinha e deite a massa descansada. Abra a massa com o rolo, formando um retângulo de mais ou menos 20cm X 30cm.

Abra a manteiga, que deverá estar gelada, num tamanho que ocupe 2/3 da massa aberta. Dobre a parte sem manteiga sobre a manteiga e dobre novamente. Leve a geladeira por 20 minutos.

Abra a massa com o rolo novamente e faça mais duas dobras. Leve a geladeira por 20 minutos. Repita essa operação mais 2 vezes.

Abra a massa numa espessura de 0,5 cm e corte triângulos. Enrole como croissant, coloque em assadeira untada, cubra com filme plástico e deixe descansar em temperatura ambiente até dobrar de volume.

Pré-aqueça o forno (220ºC), pincele o ovo batido com 1 colher (chá) de água.

Asse por 20 minutos ou até ficarem assados e dourados.

* Pode ser feito na batedeira se ela for própria para fazer pães.




























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2 comentários:

  1. Prezada Cris
    Boa noite.
    Primeiramente, gostaria de parabenizá-la pelo excelente blog 'Degustando Hitchcock', onde se vincula um determinado prato ou 'iguaria' ao respectivo filme. Sou também um grande admirador das obras desse grande 'gênio do cinema', ou tradicionalmente chamado de 'mestre do suspense' e tenho todos os filmes desse grande diretor que foram lançados comercialmente no Brasil e aqueles que não o foram, tenho-os nas versões americanas ou européias. E finalmente, mais um título acaba de ser lançado no mercado brasileiro, que é justamente 'Valsas de Viena', um dos últimos ainda inéditos, juntamente com 'The Pleasure Garden' e 'Downhill'. Imagino que já seja de seu pleno conhecimento, mas caso ainda não o seja, fica o registro.
    Grato pela atenção e até uma próxima oportunidade.
    Adhemar

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    Respostas
    1. Caro Adhemar.
      Fico muito feliz que tenha acompanhado o blog e goste de meu trabalho. Espero que além dos filmes, vc tenha interesse pelas receitas e possa reproduzi-las para acompanhar as sessões de cinema do Mestre.
      Abraços
      Cris Maccarone

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