Frenesi
(Frenzy, 1972) marca o final da obra
de Alfred Hithcock. Primeiro porque esse é seu penúltimo filme. Segundo porque
é como se fosse um inventário de toda sua obra. Mesmo não sendo seu último
trabalho, Hitch volta a a filmar em Londres, para fazer um filme onde estão
reunidos um pouco de todos de seus temas: loiras, segredos, assassinatos, homem
acusado de crime que não cometeu, locações famosas, triangulo amoroso,
MacGuffin, humor negro e, claro, discussão sobre assassinatos no jantar.
Além de filmar em sua terra natal, Frenesi tem um
toque biográfico já que seu pai tinha uma barraca que vendia produtos de frutas
e verduras em Convent Garden, onde se passa a trama.
A história foi baseada no romance “Goodbye Piccadilly, Farewell
Leicester Square”, do escritor e roteirista inglês Arthur La Bern.
O filme inicia com um plano geral aéreo de Londres. Vemos a cidade e o
rio Tâmisa, que a corta. A câmera fecha em um grupo de pessoas ouvindo um
discurso político de promessa de limpeza do rio. Nesse momento, no rio, um
corpo nu de mulher boiando, com uma gravata masculina envolta do pescoço é
avistado por um dos ouvintes: esse é um outro tipo de poluição incomum. E é a
constatação de mais um homicídio do “assassino da gravata”.
Corte para Richard Blaney (Jon Finch), terminando
de se vestir e dando um laço em sua gravata. Blaney é ex-líder do esquadrão da
RAF.
Ele acaba de perder seu emprego em um pub onde trabahava junto com sua
namorada Bárbara (Anna Massey).
Seu amigo Robert Rusk (Barry
Foster), um bem sucedido comerciante de hortifrutis no mercado de Covent
Garden, oferece-lhe apoio.
Desempregado e sem dinheiro, Blaney
procura sua ex-mulher, Brenda (Bárbara Leigh-Hunt), em sua uma agência de
casamentos. Blaney é um homem nervoso, revoltado com sua situação e dado a
beber, o que o torna um pouco violento. A secretária de Brenda é testemunha
desse seu comportamento.
Robert Rusk é cliente na agência de casamentos, mas
Brenda não tem sucesso em encontrar uma esposa para ele. Rusk é um pervertido
sexual e procura mulheres sadomasoquistas. Rusk vai visitá-la em seu escritório
no momento que sua secretária sai para o almoço. Ele reclama uma esposa para
Brenda. Ela responde que ele não é o tipo de cliente para o seu estabelecimento
e que procure mulher em outro lugar.
Rusk reage dizendo que não quer outro lugar, que
quer ela.
Ele a estupra e a mata numa cena longa, realista e tensa.
Blaney vai à agência de
Brenda, mas encontra a porta trancada. Quando ele está indo embora, chega a
secretária e o vê, encontra o corpo de Brenda e o incrimina.
Enquanto a polícia tenta
Blaney, Bárbara, sua namorada, é demitida do pub e, sem lugar para ficar,
aceita ajuda de Rusk que lhe oferece seu apartamento.
Rusk a mata também. Mas depois
de dar sumiço ao corpo jogando-o em um caminhão de batatas, ele sente falta de
um alfinete com a inicial de seu nome. Ele descrobre que, na luta, Bárbara
tirou o alfinete de sua roupa e a mantém em sua mão.
Ele volta ao lugar onde
deixou o cadáver e, em outra cena longa e tensa, tenta achar tira-lo da mão de
sua vítima, mas o corpo já está rígido e ele tem que quebrar, dedo por dedo,
até conseguir o alfinete de volta.
Em sua casa, Oxford (Alec McCowen), o investigador de
polícia, conversa com sua mulher (Vivien Merchant) na hora do jantar. Ela dora
cozinhar e está fazendo um curso de culinária francesa por isso serve ao marido
soupe de poisson, uma
sopa de peixes. Ele examina o prato que tem uma aparência horrível, pois é
feita de peixes conhecidos por suas aparências bizarras como linguado,
peixesapo, galo do mar. Devolve à sopa
para a sopeira enquanto ela não está olhando. Uma referência clara ao corpo
boiando no rio.
Num segundo jantar, ela faz
grissini, aqueles palitos compridos, tipo um biscoito, feitos a base de
farinha. Enquanto discutem o crime, ela atenta ao que ele diz, vai quebrando o
biscoito, pedaço por pedaço e o som que faz é o mesmo som dos dedos de Bárbara
sendo quebrados.
Todos os pratos servidos ao
inpetor tem uma referência a um dos assassinatos, o que seria trágico, é como
se o corpo servisse de alimento para o próprio corpo em vários sentidos. Mas,
ao mesmo tempo, como ele odeia a comida e tenta, de todas as formas, seconder
sua insatisfação, chega a ser engraçado. A comida, além de ter um primeiro
significado, funciona como alívio comico numa trama tão pesada.
Depois da morte da namorada, Blaney
pede ajuda para Rusk, que o incrimina colocando a roupa de Bárbara em sua mala
e o entrega para a polícia.
Blaney é julgado e condenado
inocentemente, mas, no tribunal, acusa Rusk e sua promessa de vingança faz com
que o inspetor de polícia desconfie que ele diz a verdade. Blaney planeja sua
fuga forjando um acidente dentro da prisão. Ele é transferido para um hospital,
foge e vai atrás de Rusk. Chegando no apartamento de Rusk, Blaney vê a forma de
um corpo na cama e começa a bater, mas não é o assassino, é mais uma mulher
estuprada e estrangulada com uma gravata. O inspetor de polícia chega e, quando
tudo indica que Blaney será incriminado mais uma vez, Rusk aparece sem gravata,
carregando uma mala vazia.
Depois dos fracassos
anteriores, Hitchcock volta a fazer as pazes com o sucesso. Mesmo com a idade
avançada, ele continua ousado. Prova disso é o realismo da cena do estupro e
morte de Brenda e a cena do cadáver junto às batatas. Tecnicamente, Hitch
continua a utilizar a camera de forma perfeita, como na cena do assassinato de
Bárbara que não vemos nada, já que a câmera segue os dois até a porta do
apartamento de Rusk e quando eles entram a câmera faz o caminho inverso até a
rua. É como se não precisasemos entrar para saber o que irá acontecer. Como sempre, Hitchcock joga
com o público, mistura horror e comédia e retoma seu papel de narrador de
triller.
Ingredientes:
1 kg de filé de linguado
1⁄2 kg de camarão
200g de mexilhões
1 colher (chá) de alho picado 1⁄2 copo de vinho branco
3 colheres (chá) de açafrão em pó 2 colheres (sopa) de azeite
1 cebola picada
1 folha de alho poró
1 folha de salsão 1⁄2 cenoura picada tomilho
alecrim
3 colheres de extrato de tomate 2 colheres (chá) de sal
Preparo:
Limpe o linguado, o camarão e o mexilhão e deixe marinando na mistura de vinho branco e açafrão. Refogue a cebola e o alho no azeite e junte o tomilho e o alecrim. Acrescente a cenoura, o salsão e o alho poró e refogue. Junte a massa de tomate mexa bem e acrescente o vinho da marinada. Cubra com água, acerte o sal e deixe ferver. Acrescente o peixe, os camarão e os mexilhões. Deixe cozinhar e sirva.
1 kg de filé de linguado
1⁄2 kg de camarão
200g de mexilhões
1 colher (chá) de alho picado 1⁄2 copo de vinho branco
3 colheres (chá) de açafrão em pó 2 colheres (sopa) de azeite
1 cebola picada
1 folha de alho poró
1 folha de salsão 1⁄2 cenoura picada tomilho
alecrim
3 colheres de extrato de tomate 2 colheres (chá) de sal
Preparo:
Limpe o linguado, o camarão e o mexilhão e deixe marinando na mistura de vinho branco e açafrão. Refogue a cebola e o alho no azeite e junte o tomilho e o alecrim. Acrescente a cenoura, o salsão e o alho poró e refogue. Junte a massa de tomate mexa bem e acrescente o vinho da marinada. Cubra com água, acerte o sal e deixe ferver. Acrescente o peixe, os camarão e os mexilhões. Deixe cozinhar e sirva.
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