Seguidores

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

"O pensionista". O primeiro suspense e um amor de biscoito.



O segundo filme de Alfred Hitchcock, The mountain eagle, de 1926, foi perdido, sobrando, hoje, somente alguns frames.
O Pensionista (The Lodger) ou O inquilino, ou ainda, O inquilino sinistro é seu terceiro filme. Foi feito, também em 1926, e pode ser considerado um esboço do que se tornaria a marca do mestre. Além de ser seu primeiro filme importante, é seu primeiro suspense e  apresenta o tema que seria tema de quase todos os seus  filmes: um homem acusado de um crime que não cometeu.  É considerado o primeiro “Hitchcock picture” de verdade.



O filme, que tinha como subtítulo A story of the London fog, foi baseado em um livro com o mesmo nome que, por sua vez, foi inspirado em Jack , o estripador. Narra a história de um assassino em série, em Londres, tendo como elemento comum, o fato de suas vitimas serem mulheres loiras. Em meio a esses assassinatos, chega ao hotel do casal Bounting um novo hóspede, Jonathan Drew. O novo inquilino é solitário e  estranho. Tem o hábito de sair em noites de névoas e guarda uma foto de uma moça loira. Daisy, a filha dos Bouting,  modelo, também  loira, noiva de Joe Chandler, um detetive, se sente atraída por Jonathan.




Chandler chega ao hotel, para uma visita rotineira a família, no momento que a Sra. Bouting está na cozinha abrindo uma massa. Aproveitando que foi deixado a sós com Daisy, lhe faz uma proposta de casamento através do cortador de biscoitos, em forma de coração, encontrado na mesa junto a massa: ele corta um, mostra a ela, corta outro e o sobrepõem ao primeiro formando a imagem gráfica eternizada da união. Daisy  separa os corações e devolve um ao noivo que, decepcionado, o rasga.  Diante disso, Chandler, já incomodado com a presença do inquilino, o prende, acusando-o de ser o serial killer.
Hitch utiliza aqui o alimento não só para representar graficamente o amor e de como ele pode ser frágil, mas também, para mostrar que Joe Chandler é familiar aos  Bouting, freqüenta sua casa, sua cozinha, criando um contraponto ainda maior em relação ao que é estranho: o inquilino. 




É a primeira vez, também, que Hitchcock apresenta suas idéias de uma forma puramente visual. E isso se dá já no início do filme:  a primeira cena é o close de uma mulher gritando que, mesmo silencioso (o cinema ainda não é falado) faz com que parece que estamos ouvindo o som.  Nos momentos seguintes ele utiliza imagens gráficas como letreiro de um espetáculo de revista, gente aflita, um bilhete do assassino, policiais, jornalistas ao telefone, a notícia sendo datilografa na máquina de escrever  da agência até  chegar ao jornal sendo impresso. O ator principal da trama só aparece após quinze minutos de filme.  Esse recurso da utilização de menos diálogo possível ou, no caso do cinema mudo, menos cartelas  possíveis, vai acompanhar Hitchcock por toda sua obra e  tornará, também, sua marca: a economia narrativa.


Biscoitos de gengibre  - English Gingerbread



Ingredientes


350 g de farinha de trigo
1 colher (chá) de bicarbonato 
2 colheres (chá) gengibre em pó 
100 g de manteiga em cubos
175 g  de açúcar branco ou mascavo
4 colheres (sopa) de mel
1 ovo batido

Preparo

Misture todos os ingredientes até formar uma massa homogênea. Abra a massa, corte com cortadores variados, coloque em uma assadeira untada e enfarinha e leve ao forno pré-aquecido (190ºC) por, aproximadamente, 15 minutos ou até dourar. Deixe esfriar um pouco, transfira cuidadosamente para uma grade e deixe esfriar por completo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário