A mulher do
fazendeiro (The Farme’s Wife, 1928) é um filme diferente de tudo que Hitchcock fez e de quase
tudo que iria fazer. É uma comédia.
Conta a história do
fazendeiro Samuel Sweetland que, após a morte da esposa e do casamento de sua
única filha, se sente muito sozinho. Com a a ajuda de Minta, sua empregada, faz
uma lista das mulheres disponíveis na redondeza e possíveis candidatas ao posto de Sra. Sweetland.
A primeira da lista
é a também viúva Louisa Windeatt, mas ele é muito independente e o rejeita.
A segunda é Thirza
Tapper, uma solteirona que, ao saber da disponibilidade do Sr. Sweetland, o
convida para um chá. O fazendeiro chega antes de todos os convidados para poder
pedi-la em casamento. Thirza está, juntamente com os empregados, cuidando dos
preparativos. No momento que ela está levando à mesa a gelatina, que podemos supor ser de vinho do Porto, pois era muito comum na época, ele faz o pedido. Ela tem uma crise nervosa. Não poderia ter sido outro prato para
ilustrar sua reação: enquanto ela treme a gelatina treme também. Ele tenta
acalmá-la. Nesse momento, uma das empregadas entra em cena, chorando, porque
não sabia que o sorvete, se deixado fora da geladeira, derretia. Samuel vendo a fragilidade das
mulheres, desiste da candidata.
Na mesma festa,
ansioso por uma esposa, o sr. Stweetland faz sua investida na terceira da
lista: Maria Hearn, aparentemente "mais forte". Ela tem um ataque de riso e o rejeita por achar que ele está muito velho.
Sem conseguir nada,
Samuel tenta, sem sucesso, a última da lista, a garçonete Mercy Basset.
De volta para casa
Samuel Sweetland senta em frente à lareira e olha para a
cadeira vazia ao seu lado. Começa a lembrar de todas as candidatas. Hitchcock nos
mostra as imagens sobrepostas como miragem. Por fim Minta, sua fiel empregada,
que sempre foi apaixonada por ele, se senta no lugar que era de sua falecida
esposa e Samuel tem a certeza que é ela sua futura mulher. É como diz o cartaz do filme: A lonely man searches for the "right" woman, but finds true love instead!
A mulher do
fazendeiro foi baseado em uma peça teatral muito encenada na Europa, mas
Hitchcock ousa ao fazer uso de um
“diálogo”, digamos, atrevido, nas
cartelas. Afinal estamos falando de um homem a procura de uma mulher, que
aliás, tem um nome que podemos entender como uma piada.
Hitchcock nos faz
rir, também, durante o chá. Ele abusa das cenas “pastelão” ao
mostrar os convidados se fartando com as comidas da festa. É como se, diante de
uma mesa de guloseimas, todos passam a se comportar de modo infantil.
Esse tipo de comédia
raramente vamos ver ao longo da obra de Alfred Hitchcock. Vamos ver, sim, no melhor estilo inglês, muito humor e
sarcasmo que, durante a tensão do suspense, funcionam como um alívio
cômico, como aquilo que nos faz
dar uma risadinha de lado.
Gelatina de Vinho do Porto - Porto Wine Jelly
Ingredientes
2
xícaras (chá) de vinho do Porto
1
xícara (chá) de açúcar, ou a gosto
1
pedaço de canela em pau
2
cravos
1
pitada de noz-moscada
1
pedaço de casca de limão
1
pedaço de casca de laranja
2
envelopes de gelatina em pó sem sabor e incolor
¼
xícara (chá) de água fria
½
xícara (chá) de água fervente
Preparo
Em
uma panela, coloque 1 e ½ xícaras de vinho (deixe ½ xícara reservada), o
açúcar, a canela, os cravos, a noz moscada, as cascas de limão e de laranja.
Leve ao fogo mexendo até dissolver o açúcar. Deixe ferver por 5 minutos. Retire
do fogo e deixe a panela tampada por 30 minutos. Passe por uma peneira.
Coloque
a gelatina em um recipiente, junte ¼ de xícara de água fria e deixe hidratar
por 1 minuto. Junte a água fervente mexendo bem para dissolver. Acrescente o
vinho que foi aromatizado e o vinho que stava reservado. Pincele um pouco de
água em uma forma média, despeje nela a gelatina e leve à geladeira por uma 2
horas ou até firmar.
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