Sabotador (Saboteur, 1942) é o primeiro filme de
Alfred Hitchcock feito com um elenco totalmente
americano.
Ele inicia, já nos
créditos, com uma cena que é referência clara ao impressionismo do cinema alemão.
O filme conta a
história de Barry Kane (Robert
Cummings), operário de uma fábrica de
aviões na Califórnia. Num intervalo para o almoço, ele e seu amigo Mason,
esbarram em um outro funcionário (Norman Lloyd) que deixa cair vários envelopes com o nome de Fry.
De repente, começa um
incêndio na fábrica e os rapazes correm para apagar o fogo. Fry passa o
extintor para Kane que o passa para Mason. Mas o extintor em vez de acabar com
o fogo, o atiça ainda mais, fazendo com que Mason morra queimado.
Uma investigação é
aberta. Desconfiam de sabotagem, pois no extintor continha gasolina. Chamam
todos os funcionários que estavam presentes para depor. Na sua vez, Kane conta
que Fry estava presente. Quando vão chamar Fry para depor, descobrem que não
existe ninguém com esse nome na fábrica, e Kane passa a ser o principal
suspeito.
Aí começa toda a trama
hitchcockiana: falsa acusação, macGuffin
e roteiro-intinerário. Kane cruza o país inteiro atrás de descobrir o paradeiro
de Fry e provar sua inocência.
Em sua busca Kane
encontra o Sr. Tobin (Otto Kruger), que na realidade é o
responsável pela sabotagem. Nosso suspeito foge e encontra pelo caminho várias
pessoas dispostas a ajuda-lo.
Primeiro, o motorista
do caminhão que lhe dá carona, depois ele pede refúgio na casa de um senhor
cego (Vaughan
Glaser) que, mesmo sem conhece-lo,
acredita em sua inocência e pede à sua sobrinha, Pat Martin (Priscilla Lane),
para ajuda-lo. Inicialmente ela pretende entrega-lo a polícia, mas depois que o
carro quebra na estrada de noite ela acha melhor passar para o lado de Kane.
Eles conseguem carona
em um carro de circo. Lá dentro, a trupe de “aberrações” como a mulher barbada,
o gigante, o anão, a montanha humana e as irmãs siamesas, se mostram dispostos
a ajuda-los. Os integrantes do circo funcionam como alívio cômico, até porque é
impossível não rir da mulher com os bobes na barba, e também para mostrar,
juntamente com o senhor cego, que eles podem, apesar das deformidades físicas,
ser muito mais acolhedores que qualquer pessoa que, aparentemente, é normal.
Kane acaba se passando
por um integrante do grupo de sabotadores para tentar achar Fry. É descoberto
na mansão de uma viúva, em Nova York, que também faz parte do grupo de
conspiradores. Ele é preso na dispensa e, para matar a fome, come algum enlatado disponível, e Pat é levada, presa, em uma sala de um
andar alto de um prédio no centro.
Para tentar escapar,
Pat diz ao seu algoz, que está com fome e, de forma ingênua, pede um milk-shake, alimento inocente, que é o
que ela tenta se fazer mostrar. Mas enquanto ele vai buscar, ela escreve um
bilhete com batom, pedindo ajuda e joga pela janela.
Eles encontram Fry,
descobrem a próxima ação do grupo na Estátua da Liberdade e avisam o FBI.
O encontro entre Kane
e Fry se dá no topo da estátua no que resulta na queda e morte do verdadeiro
sabotador.
A cena no topo da
Estátua da Liberdade merece destaque, não só por ser o clímax da trama, mas por
ter uma montagem soberba. Além do que, foi construída uma réplica em tamanho
natural da mão e da tocha da estátua e
se utilizou uma nova técnica de movimentação de câmera onde, mesmo o objeto
estando fixo, tem se a idéia de queda.
Sabotador,
apesar de não constar na lista dos melhores filmes de Hitchcock, é um bom
suspense com boas doses de drama. A partir daqui, ele só melhora.
Milk-Shake de Baunilha
Ingredientes
4 xícaras de sorvete de creme
1 1/2 xícaras de leite integral gelado
1 colher (café) de essência de baunilha
2 colheres (sopa) de açúcar
Chantilly para decorar
Preparo
Bata o sorvete com o leite, o açúcar e a baunilha no liquidificador. Coloque em copos altos e decore com chantilly.
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